Moradores da Avenida Rotary, no bairro do Farol, em Maceió, bloquearam os dois sentidos da pista para cobrar a instalação de lombadas no local. Eles reclamam do alto índice de acidentes registrados na região. O trânsito está congestionado.

Uma equipe da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) está no local para tentar negociar com os moradores e controlar o tráfego, que começou a ser liberado, por volta das 9h. Uma audiência entre a superintendência e os moradores foi marcada para o meio-dia de hoje, segundo o agente Zenildo Calheiros, coordenador de operações da SMTT.

Segundo os manifestantes, o protesto aconteceu após a morte do marceneiro Pedro Nicácio, 74, que foi atropelado na sexta-feira (15). Na ocasião, uma jovem de 23 anos, dirigia uma moto, se assustou com a aproximação de uma viatura da Polícia Militar e acelerou o veículo. Durante a tentativa de fuga, segundo a polícia, Pamela Ribeiro atropelou e matou o idoso.

Revoltados com os acidentes no local, os moradores atearam fogo em pneus e pedaços de madeira para cobrar a colocação de três lombadas e uma faixa de pedestre. Eles falaram que os veículos passam pela avenida em alta velocidade ameaçando os pedestres.

Vítimas não faltaram para falar sobre os acidentes na avenida.

"Meu pai era trabalhador e não merecia morrer desse jeito. Ele estava caminhando até o mercadinho quando foi pego pela moto. Queremos que as autoridades façam alguma coisa antes que esses motoristas imprudentes façam mais uma vítima", afirmou a filha do marceneiro, Ruth de Lima.

O ajudante de pedreiro, Gilberto Galvão, mostrou à reportagem do G1 uma cicatriz no pé esquerdo, resultado de um atropelamento na mesma avenida. "Fui atropelado há seis anos e de lá para cá pouca coisa foi feita. Colocaram aquelas lombadas perto da grota, no sentido Barro Duro, mas não adiantou", reclamou.

O estudante Emerson Inácio, que foi atropelado junto com a namorada na Avenida Rotary, no mês passado, se mostrou indignado pela falta de sinalização no local. "Fomos atropelados quando atravessávamos a rua. Não existe uma faixa de pedestre aqui, como pode?", indagou.